(Acompanhe a matéria, leia AQUI a Parte 1).
Jay "Bluejay" Greenberg, o maior gênio musical dos últimos 200 anos, começou a tocar violoncelo aos três anos de idade e, posteriormente, aprendeu sozinho a tocar piano.
Suas primeiras composições foram escritas com a idade de seis anos. Suas primeiras lições formais na teoria e composição começou quando ele tinha sete anos. Na idade de dez anos, ganhou uma bolsa de estudos na Escola de Música de Nova York, a prestigiada Juilliard.
O que se passa nestas mentes mais do que simplesmente reproduzir uma música anteriormente ouvida, é um processo que David Cope por si só analisou nos seus programas de composição algorítmica e pôs o seu computador a fazer. Algo que para os humanos normais não é possível desta forma, fazendo com que levassem anos para ser feita!
Noções como "recombinação", "alusão", "assinaturas", "reconhecimento de padrões" etc.
Todos nós sabemos que nada se cria, tudo se transforma. Quando na realidade pensamos criar algo novo, estamos na realidade fazendo associações e recombinações de conceitos já apreendidos por nós em alguma parte no tempo, e a utilizá-los de forma criativa e a dar-lhes uma nova apresentação original: estabelecer conexões nunca antes estabelecidas.
Imaginem o computador do David Cope: ele insere na base de dados todos os corais de Bach. Depois, o computador "limita-se" a analisá-los, ver os padrões, as regras pelas quais eles se guiam, a detectar o "estilo" e reduz tudo isto a tabelas numéricas. Depois consegue com processos matemáticos e do acaso, fazer recombinações a partir de uma nota inicial qualquer. O resultado é óbvio: como segue todos os processos padronizados de Bach, vai sair necessariamente um coral que vai "soar" a um coral de Bach. Ou seja, vai sair um "novo coral de Bach". É novo porque esta combinação de notas, nunca tinham sido utilizadas. É "de Bach" porque este estilo de padrões e combinações já o tinham sido utilizadas, muitas vezes, por este compositor.
Agora imaginem que nessa base de dados, não tínhamos apenas corais de Bach, mas uma outra obra diferente. Uma sonata de Mozart, por exemplo. Isto, poderia talvez confundir o computador. Na realidade o que aconteceria era que quando o computador fosse tentar compôr um "novo coral de Bach" iria receber umas mínimas influencias desta sonata de Mozart perdida na base de dados. Se a nova obra composta - um coral "pretensioso", fosse ela própria reconduzida de novo para a base de dados, já teríamos duas "anomalias genéticas" na população. E um segundo coral de Bach sairia ainda mais distinto por este estilo híbrido. A certa altura do tempo, o estilo começaria a evoluir, e começaríamos a ter um estilo novo, já muito distante dos corais de Bach, mas que em nada se assemelharia às sonatas do Mozart, visto ter partido de apenas uma amostra. Teríamos um "estilo próprio".
BlueJay, acredito, que passe por todo este processo. O seu cérebro, é uma gigantesca base de dados de música de todos os gêneros. O que se passa é que este mesmo cérebro inconscientemente começa a fazer recombinações e reconhecimentos de padrões dos seus compositores favoritos (Bernstein, Copland, Stravinsky), e assim não se admira que consiga "ouvir obras" que se aproximam do estilo destes compositores, mas ao mesmo tempo ter um estilo próprio. Porque está fortemente "contaminado" por influências que vão desde o Jazz, ao pop, etc.
A diferença entre Jay Greenberg e o computador de Cope, é que Jay é uma pessoa. E só por si é admirável o que ele consegue fazer. Porque trabalha a velocidades e com precisões que a maioria dos humanos não consegue.
A segunda é que sendo uma pessoa, tem consciência do universo e de si. E como tal, pode decidir e discernir. A sua base de dados, que num computador seria caótica: a mistura de toda a música na base de dados de um computador só iria dar lixo, em Jay Greenberg não o é! O seu cérebro consegue perceber o que pode ou não combinar. O que faz sentido ou não fundir. E é por isso que Jay (acredito eu!) não ouve um compasso de Jazz, um compasso de Beethoven, um compasso de Metallica e escreve. Não, Jay, ouve melodias coerentes, estruturadas e consentâneas com uma afinidade intrínseca.
A conclusão é que Jay é um brilhante exemplo do que um computador pode fazer, mas ainda lhe falta fazer para ser perfeito.
A segunda conclusão é que há bênçãos para a humanidade que não se explicam facilmente e Jay é um deles. Espiritualistas acreditam que BlueJay trata-se de criança índigo (é uma teoria que afirma que, supostamente, uma nova geração de crianças com habilidades especiais estejam nascendo e que estariam trazendo uma "Nova Era" para a humanidade), assim como outros jovens gênios deste século, de outras áreas, como os da tecnologia, por exemplo. É que ser um instrumentista prodígio é tecnicamente fabuloso, mas ser um compositor prodígio, é raríssimo, porque se tem de conjugar, não um processo físico, mas um processo mental muito mais complexo: Jay tem de saber tudo e mais alguma coisa sobre todos os instrumentos e não apenas de um.
Analisamos aqui superficial e resumidamente a explicação mais básica sobre a fisiologia do cérebro de Jay, o lado médico neurológico, seu possível método de composição e alinhamento de ideias que se assemelham aos de um computador super avançado, e até uma explicação espiritual, mas quem de fato consegue explicar como funciona a mente deste jovem gênio em ascensão? Resta saber o que o tempo fará a BlueJay e por que caminhos o seu dom o levará.
Texto adaptado de Tiago Videira.
Edição e correção por Eni Miranda.
Fontes: http://www.jaygreenbergmusic.com/
Ouça: Symphony No. 5 (London Symphony Orchestra feat. conductor: José Serebrier) / Quintet for Strings (Juilliard String Quartet)
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